O mercado de seguros no setor de óleo e gás será impulsionado este ano pelo projeto de interligação submarina do campo de Mero e pela revisão do programa operacional da Petrobras, que abrange a maior parte dos ativos offshore da companhia. A previsão é que os contratos, que ainda serão licitados, gerem prêmios (pagamento à seguradora) de até US$ 25 milhões.

A estimativa é de Thiago Navega, head para operação de Riscos de Petróleo e Riscos Marítimos da Austral Seguradora. Ele explica que, por sua complexidade e capex elevado, empreendimentos como o de Libra apresentam maior risco e, consequentemente, prêmios mais vultosos.

"O subsea de Mero é um arranjo muito completo, com tecnologia de ponta, em grande profundidade e sob alta pressão", assinala.

No ano passado, a Austral registrou R$ 228 milhões em prêmios emitidos em riscos de petróleo, abocanhando 35% do mercado e alcançando crescimento de 110% ante 2017. Para este ano, a expectativa é que o volume de prêmios se mantenha estável. "Será um ano de transição", diz Navega, que acredita em crescimento a partir de 2020 ou 2021.

Entre outras oportunidades em 2019 estão negócios envolvendo operações de farm-in, que ganham volume em função dos desinvestimentos da Petrobras. À medida que os novos operadores começarem a implementar tecnologias para aumentar o fator de recuperação dos ativos, os riscos dos empreendimentos tendem a subir.

"A agenda da indústria para este ano ainda envolve a abertura do mercado de gás natural, a revisão do excedente da cessão onerosa e as novas rodadas da ANP para pré-sal e pós-sal", acrescenta Navega.

Outro filão são os novos novos FPSOs da Petrobras instalados no pré-sal. Segundo o head da Austral, o custo de seguro de plataformas projetadas para operar na província gira atualmente entre 2% e 2,5% de seu capex (aproximadamente US$ 1,5 bilhão).

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