A Justiça autorizou a retomada da dragagem do canal de navegação do Porto de Rio Grande, na Região Sul do estado, na terça-feira (22). O juiz Adérito Martins Nogueira Júnior, da 1ª Vara Federal de Rio Grande, determinou que as dragas retomem o trabalho para retirar os sedimentos que se acumularam no trajeto feito pelos navios.

A obra começou no fim de outubro. Na primeira semana de dezembro, um trecho da Praia do Cassino apareceu com lama. Suspeitando que o fato tivesse relação com a dragagem, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão do trabalho. Desde o dia 17 de dezembro, as dragas estavam paradas enquanto a Justiça Federal analisava as informações.

A Superintendência do Porto do Rio Grande confirmou que foi intimada na noite de terça-feira (22) da decisão e que ela autoriza a dragagem nos setores 1A e 1B que ficam na saída do canal de acesso ao Porto. É o trecho mais afastado dos Molhes da Barra. A dragagem no canal interno de navegação só será liberada após a instalação de boias de monitoramento e de análises regulares do material dragado.

Na decisão, o juiz ainda determina que o consórcio que executa a obra e o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) atualizem, duas vezes por semana, as informações sobre o andamento do trabalho. Segundo o Porto, o reinício das obras ainda não tem horário previsto para ocorrer e depende de ajustes burocráticos e operacionais.

Na semana passada, o Ibama descartou a relação entre as obras de dragagem do Porto de Rio Grande e a lama na Praia do Cassino. Segundo o parecer técnico, os dois fatos "não estão inter-relacionados".

A lama diminuiu na Praia do Cassino, mas o trecho ainda está impróprio para banho.

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